segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Contrassenso

Que injustiça eu fiz contigo ao começar, depois de todos esses anos, a queixar-me de tuas mentiras! Por que não fiz isso quando me disseste a primeira, aquela que foi a maior de todas e sem a qual as outras não viriam? Por orgulho, por vaidade, por presunção, eu não te disse que mentias quando me perguntaste: "Posso falar uma coisa? Eu te amo." Era uma delicadeza tua, nada mais que isso, e eu a aceitei como se amor fosse, porque convinha ao meu coração. E a aceitei tão arrebatadamente que, para não me magoar, não pudeste fazer nada além de ir mantendo a mentira com outras. E eu agora te culpo por isso...

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