segunda-feira, 17 de junho de 2013
A chuva...
... da madrugada lavou a rua. Ela ficou um pouco menos feia, esta Antônio Cantarella onde há alguns anos vim parar, navegando no meu sofá. Melhor não me entusiasmar. Vista da janela, a rua parece melhor, mas quem me garante que a enxurrada não trouxe algum gatinho que miava até ontem e não miará jamais? Minha alma é assim, triste, como um cipreste de cemitério. A chuva da noite não a lavou, nem precisava. Guardo cada vez menos rancores nela. Todo o seu espaço eu o reservo para a minha melancolia.
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