quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pálida voz, débil chama

Lastimo às vezes que nós,
Querendo o amor exaltar,
Tenhamos só, para usar,
A nossa pálida voz.

É triste, para quem ama,
Ver que palavra nenhuma
Há que retrate e resuma
O amor e sua áurea chama.

Por mais que eu queira, só resta
Rabiscar odes como esta,
Que soam como trovinhas.

Se entranhas ao fogo dessem
Chamas que satisfizessem,
Ao fogo eu daria as minhas.

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