"JULIETA - Já é quase dia. Quisera que partisses, mas que não fosses mais longe do que o pássaro que uma criança travessa solta, deixando que brinque um pouco como pobre prisioneiro preso aos seus grilhões, e, com um fio de seda, o atrai para si outra vez, ciumenta de sua liberdade.
ROMEU - Quisera ser teu pássaro!
JULIETA - Meu amor, bem quisera também; entretanto, eu te mataria por excesso de carinhos. Boa noite! Boa noite! A despedida é uma dor tão doce que estaria dizendo 'Boa noite' até que chegasse o dia. (Sai.)
ROMEU - Que o sono desça sobre teus olhos e a paz em teu peito! Por que não sou sono e paz para tão docemente repousar?..."
(De Romeu e Julieta, de William Shakespeare, ato segundo, cena II, tradução de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes, publicado pela Editora Abril.)
sábado, 15 de junho de 2013
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