"DOIS MACACOS DE BRUEGEL
É assim meu grande sonho sobre os exames finais:
sentados no parapeito dois macacos acorrentados,
atrás da janela flutua o céu
e se banha o mar.
A prova é de história da humanidade.
Gaguejo e tropeço.
Um macaco, olhos fixos em mim, ouve com ironia,
o outro parece cochilar -
mas quando à pergunta se segue o silêncio,
me sopra
com um suave tilintar de correntes."
(Do livro Poemas, tradução de Regina Przybycien, publicado pela Companhia das Letras.)
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