"Folheando O vermelho e o negro, eu lhe havia contado, no aposento de livros a que chamo de biblioteca e que nos aproximou em algumas manhãs lítero-suspirosas (meus suspiros contidos), o episódio das conversas rurais a céu aberto em que Julien se apossa da mão da sua patroa no escuro da noite recente. Li isso na primeiríssima mocidade interiorana e então, além do delicioso embalo erótico da cena, me parecia que, conquistada a mão, Julien não deixaria de chegar à região da sublime Madame de Rênal em que residia um orgasmo à espera do toque de dedo."
(Do romance Um crime improvável, publicado pela Editora Ficções.)
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