domingo, 16 de junho de 2013
Hora de ir...
às alfaces, no sacolão. Ver que opinião elas têm deste domingo, que ainda não decidiu se brilha ou fica assim meio na moita. As alfaces não são muito loquazes, mas nunca me deixam sem uma folhinha de prosa. O gerente já anda um tanto desconfiado de minha intimidade com elas. Vá lá saber se não surgiu na praça um novo tipo de doido: o que tem fixação em alfaces. Presumo que as alfaces pertençam ao nobre ramo das hortaliças (sempre me esqueço de ver no dicionário). Ainda hei de fazer um poema para elas e hortaliça pode ensejar uma boa rima, saber quem há de? Depois desse diálogo, que algum cronista antigo bem poderia chamar de sui generis, embarcarei no meu sofá e deixarei que ele, barco diário, e minha imaginação me levem para um lugar de águas tranquilas e lembranças amenas. Boa tarde.
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