domingo, 18 de agosto de 2013
Dos passos
Nossos últimos passos são como pegadas na neve. Mal os damos, ele se apagam. Os que demos em nossa longínqua primavera também já não podem ser vistos. Pena não termos guardado nem lembrança deles. Não havia celulares, é verdade. Jamais olhamos para sequer um deles. Não os achávamos importantes. Olhávamos para a frente, para os caminhos no fim dos quais o sol aquecia as águas da fonte onde sereias despudoradas se banhavam. Não sabíamos que estávamos já condenados a fitar a nossa sombra.
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