quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Um soneto

Talvez haja ainda um soneto esperando ser escrito e que, por uma dessas ilogicidades matemáticas, venha a ser o mais belo de todos os tempos, tão facilmente compreensível que não necessite de tradução, visto que será entendido por todos os habitantes do mundo, falem qual idioma falarem. Para ser o mais belo, há de ser naturalmente um soneto que fale de amor, e Deus permita que quem o escreva seja um jovem alto, forte, de olhos ora azuis ora verdes e de lábios por onde o mel queira entrar. Que não o escreva um desses sapos velhos, uma dessas corujas repelentes que dizem dedicar-se ao sacrossanto ofício da literatura.

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