terça-feira, 17 de setembro de 2013

Kama Sutra - CCCXLI

Os dedos com que ela inicia as carícias antecipatórias não parecem nunca os mesmos que depois lhe arranham o pescoço para incitá-lo a manter o ritmo das estocadas. Ele se esmera em fazer subir o ventre e em descê-lo, metódico, firme, exato. Quando vier o gozo, sempre conjunto, ele por alguns instantes precisará mantê-la presa à cama, como se fosse uma crucificada. Só depois que a loucura do gozo se aquietar nela, ele lhe soltará as mãos. Livrá-las antes seria pôr sob ameaça aquela parte dele que cavou o prazer dentro dela e que ela depois quer a todo custo pegar. Ele lhe aperta os pulsos, enquanto, como represália, ela, como uma vampira, lhe morde os lábios.

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