"Vai-te para longe de mim, hora.
O bater de tuas asas me excrucia.
Mas de minha boca, que fazer agora?
e da minha noite? e do meu dia?
Eu não tenho amada nem abrigo,
sequer um lugar para viver eu tenho.
Todas as coisas em que me empenho
tornam-se opulentas e acabam comigo."
(De Poemas de Rainer Maria Rilke, tradução de José Paulo Paes, publicado pela Companhia das Letras.)
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