quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Santidade

O poeta gongórico espanhol Juan de Luna morreu sufocado por um diamante que repentinamente se alojou em sua garganta canora. Foi proclamado mártir da literatura e, desde esse episódio, séculos atrás, outros poetas vêm tentando repetir-lhe o exemplo, mas nem os diamantes nem as gargantas parecem dispostos a colaborar. Procurado por ser, presumivelmente, o escritor mais capaz de reviver o fenômeno, Paulo Coelho perguntou se já não bastava transformar livros em diamantes, como vem fazendo há tantos anos. E disse que, além disso, como todos deveriam saber, aos magos não é permitido devorar senão estrelas.

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