quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Soneto da aparência enganadora

Por mais tempero que ponhas
E que as recheie de glórias,
Se são de amor as histórias
Só podem ser enfadonhas.

Começam sempre risonhas
E por questões irrisórias
Transformam-se em merencórias
E acabam sempre tristonhas.

Ditas as coisas assim,
Pode parecer, no fim,
Que o amor não passe de um tolo.

Tolo é quem, pela aparência,
E contrariando a evidência,
Quer o amor assim supô-lo.

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