Amor, teu sangue malsão
Ainda nas veias me queima
E é por ele que ainda teima
Em viver meu coração.
Por mais nefasto que fosse,
Se eu dele quiser livrar-me,
Que outro sangue pode dar-me
Um sofrimento mais doce?
Amor, que bom ser o teu
Esse sangue que com o meu
Meu corpo doente percorre.
Que bom é sentir-te em mim,
Enquanto não chega o fim,
Enquanto o corpo não morre.
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