terça-feira, 15 de abril de 2014
A gata
Viúvo, mima sua melancolia como se ela fosse uma gata velha e doente. Toca Débussy, Chopin e Ravel para ela, lê trechos elegíacos de Rilke, leva-a até a janela nas tardes sombrias e chuvosas e, à noite, depois de acomodá-la na cama, ao seu lado, conta-lhe histórias sempre tristes, para que ela não se desvirtue.
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