segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Kama Sutra - LXXXIX
Gosta das mais velhas, das bem mais velhas. Iniciou-se aos doze anos com uma de quarenta. Hoje está para completar dezesseis e, embora tenha andado com algumas garotas, continua preferindo as de quarenta ou cinquenta. Sabe que uma ou duas delas, do círculo em que foi introduzido pela sua primeira sedutora, têm até um pouco mais que isso, mas não se importa. Todas - doze no total - o tratam como aquilo que ele é para elas: um amado animal jovem, incansável na cama. Ele é sustentado por elas e paga com seu corpo. Serve pelo menos duas das sócias desse clube por dia e, se elas o consultassem, é possível que ele se dissesse capaz de satisfazer as doze numa só jornada. Aprecia os luxos que elas lhe oferecem, mas continuaria fazendo o que faz, mesmo se não lhe pagassem. Gosta da maneira como se entregam, do agradecimento que cada uma lhe faz em cada gemido, da perfeição com que se mexem sob ou sobre ele e da forma com que - conhecendo esse ponto fraco dele, apontado por sua preceptora inicial - colam a boca à sua quando se anuncia o êxtase e dizem, para dentro dela, como se fossem lobas: me come, garoto, me come, senão eu te devoro.
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