"Zelda tinha ciúme do trabalho de Scott e, à medida que os conhecíamos melhor as crises se desenvolviam numa sequência regular: Scott decidia deixar de lado as noitadas em que se embriagava, a fim de começar um programa de vida sadia e produtiva. Começava de fato a dedicar-se ao trabalho, mas Zelda imediatamente se declarava infeliz e paulificada, lastimando-se tanto que acabava por arrastá-lo a mais uma noite de dissipação. No dia seguinte brigariam como cão e gato; fariam as pazes depois; Scott (tendo eliminado o álcool em longas caminhadas comigo) novamente se dispunha a trabalhar de verdade. Daí a dias tudo ia por água abaixo e o ciclo recomeçava, exatamente igual ao anterior."
(Do livro Paris é uma festa, tradução de Ênio Silveira, publicação da Civilização Brasileira.)
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