Eu escrevia prosa
eu escrevia poesia
Gastei a vida
buscando a beleza
e a forma
que a exprimiria
Quase ninguém me leu
mas quem me leu
ou sorriu
e me chamou de cretino
ou riu
e me chamou de sandeu
Mas hoje o mundo
felizmente
me reconheceu
Deram-me uma túnica
de seda clara
e um extenso jardim
por onde ando com outros
também de túnica clara
outros da espécie
rara dos poetas
e tudo que digo da vida
da morte e de mim
é anotado de forma devida
por um corado senhor
de feições provectas
que tenta mas
não consegue disfarçar:
é um observador
da nobre academia sueca.
sábado, 12 de janeiro de 2013
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