"ALEMANHA, LOURA E PÁLIDA
Alemanha, loura e pálida
De nuvens selvagens e fronte suave!
Que aconteceu em teus céus silenciosos?
Agora és o lixo da Europa.
Abutres sobre ti!
Bestas rasgam teu corpo bom
Os moribundos te emporcalham com suas fezes
E a sua água
Molha teus campos. Campos!
Como eram suaves teus rios
Agora envenenados de anilina lilás.
Com os dentes as crianças
Arrancam teus cereais
Famintas
Mas a colheita flutua na
Água que fede!
Alemanha, loura e pálida
Terra de São Nunca! Cheia de
Bem-aventurados! Cheia de mortos!
Nunca mais, nunca mais
Baterá teu coração
Apodrecido, que vendeste
Conservado em salmoura
Em troca
De bandeiras."
(Do livro Poemas 1913-1956, tradução de Paulo César de Souza, publicado pela Editora 34.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário