quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Que o sol...

... quando chegar, nos encontre com o rosto encovado como o dos gigolôs, com os olhos marcados, como os dos dissolutos, e que, como todos os dias, ele tente nos acordar. E que, como sempre, quando for embora frustrado, lance sobre nós aquele olhar de desprezo e vá procurar aquela parte robusta e corada da humanidade, para a qual o amor consiste em exercícios saudáveis e regulares e uma rígida disciplina. Que novamente nossa palidez prevaleça, que outra vez o amor, esse doce vampiro, tenha nos sugado todo o sangue durante a noite e reafirmado o domínio sobre nossa alma.

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