quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Soneto de fogo e chama

O fogo que em mim ardia,
O fogo que me queimou,
Se em ti durou só um dia,
Jamais em mim se apagou.

E o afeto que me movia,
E que ao amor me levou,
Com teu descaso crescia
E inteiro me dominou.

Ardi, queimei, mas sinto ainda,
E não parece estar finda,
Aquela esplêndida chama.

Nunca morre inteiramente
O que viveu ternamente
No coração de quem ama.

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