"Sou incitada por dois 'estímulos', no jogo literário. Um é a alegria, a que me fez escrever quando vivíamos em Pauline; e eu só podia chegar àquela maneira de escrever se estivesse num estado de paz absoluta. Então, alguma coisa delicada e bela parece se abrir ante meus olhos, como uma flor despreocupada com a geada ou com a brisa fria - sabendo que à sua volta tudo está cálido e terno e preparado. É isso que eu tento, muito humildemente, exprimir. O outro 'estímulo' é o dos meus primeiros tempos que, se eu não tivesse conhecido o amor, teria sido o único. Não de ódio ou destruição (são ambos desprezíveis como motivação real), mas um sentimento profundo de desesperança, de que tudo esteja fadado ao desastre."
(Do livro Diário & cartas, tradução de Julieta Cupertino, publicado pela Editora Revan.)
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