segunda-feira, 22 de abril de 2013
Bom dia...
... para os que podem compensar-se do rigoroso sol da estrada parando numa loja de conveniência. Talvez nela haja um sorvete Rochinha, com um daqueles sabores inusuais, que só a leitura da embalagem permite diferenciar. Bom dia para aqueles, as mulheres principalmente, que podem deixar para trás tudo que lhes causa inquietação. Esses são merecedores da brisa que, repentina, vem soprar seus cabelos, como se quisesse fazer entranhar-se ainda mais um pouco, neles, uma pétala desgarrada de rosa. Que os acompanhem em toda a viagem o verde das plantações e também as nuvens brancas, branquíssimas, ovelhas mansas que lá de cima cobiçam o pasto. Que o riozinho tenha aprendido uma nova canção e gentilmente queira cantá-la. Que as árvores tenham aprendido uma dança mais graciosa que todas as anteriores, e balancem os braços à passagem do carro.
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