Por mais que sejam doídas,
Por mais que o peito lacerem,
E ainda que nos dilacerem,
O tempo cura as feridas.
As dores mais incontidas,
As que mais fundo nos ferem
E as que atos loucos sugerem,
São pelo tempo contidas.
Mesmo as piores, as do amor,
Durem o tempo que for,
Não costumam ser fatais.
Tão triste é vê-las curadas,
Do nosso corpo apagadas...
Por que não duraram mais?
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