segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
O garfo
Ele é como um garfo, para ela. Ela tem um lugar especial para ele, entre os talheres. É um garfo bonito, diferente, o único que restou de um conjunto antigo, vindo da casa de uma baronesa do café. Ele reluz entre os outros, e ela tem uma amiga que sempre diz que ele pode até não falar francês, mas certamente deve entender. Ontem ela fez um jantar para os seis rapagões que trabalham como instrutores na sua academia, e um deles, vendo o garfo na gaveta, quando ela a abriu para distribuir os talheres, perguntou: "E esse aí? É pra mim?" "Não", ela respondeu, "este não come. É só enfeite."
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