domingo, 3 de novembro de 2013
A brincadeira
Somos fáceis demais, sempre fomos. Nunca soubemos blefar, iludir, engodar. Sempre riram de nossos dramas, como se fôssemos Hamlet em roupas de bufão. A vida nos atirou ovos, farinha, urros de zombaria. Também a morte nos poupa, embora a cortejemos, porque espera dar ainda algumas gargalhadas à nossa custa. A morte conhece o lugar onde estamos, virá na hora que quiser. Sabe que a esperaremos com ansiedade, fiéis. Um dia, quando menos esperarmos, ela nos levará. Esperemos menos, então.
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