sábado, 1 de janeiro de 2011

Nada

Nas suas noites vazias
Ele ainda sonha com seios
E bocas de lábios cheios
E coxas amplas, macias.

E abraça loiras esguias
E dança em doces volteios
E enleado em mornos enleios
Acaba-se em agonias.

Acorda com as mãos crispadas
Retendo as formas amadas
Ou pensando que as retém.

Com o sol no seu quarto entrando
Ele descobre, chorando,
Que não abraça ninguém.

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