quarta-feira, 16 de outubro de 2013
No rumo de Ibitinga,
passando por Bauru, talvez o cálido sol me dê o que este, carrancudo, me nega. Passar por cidades onde o verde ainda predomina na paisagem sempre me deixa com um entusiasmo seguido de culpa: nesses municípios é que o Brasil vive, não em cidades como São Paulo. São Paulo não é São Paulo, nem quer ser. São Paulo aspira a ser Nova York, Tóquio. São Paulo é uma cidade de papel e de pedra. Aqui nós fingimos construir o Brasil. O Brasil, de verdade, é construído nesses municípios em que o sol ainda é sol e a terra não é a mofina terra dos vasos que aqui temos, como pálida desculpa, na sacada dos apartamentos. Não alimentarei mais o blog hoje. Amanhã à noite, quando voltar, talvez eu tenha a alma e o coração renovados e possa falar de coisas simples, que são as que valem na vida.
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