quinta-feira, 29 de julho de 2010
Lírica (288) - Mágica
Era já a quarta noite em que, da primeira fila de assentos da casa de espetáculos, uma linda mulher olhava extasiada para o mágico enquanto ele se exibia. Desde a primeira vez o mágico notara a presença dela, e sua beleza o perturbara tanto que a cada instante ele receava falhar no número que executava. Naquela quarta noite, ao tirar o pombo da cartola, surpreendeu-se ao vê-lo voar e ir pousar suavemente no colo da mulher. Sentiu que o amor possuía artimanhas melhores que as dele. Tinha acabado de pensar nisso quando, ao fitar o rosto da mulher, percebeu que ele estava ainda mais belo, parecendo o de uma daquelas fadas dos contos infantis.
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