quinta-feira, 22 de julho de 2010
Lírica (234) - Sem nome
Do canto mais profundo da alma ele puxou um sentimento que não era o amor - porque o amor ele conhecia, e o amor não tinha aquela pungência toda nem aquela força. Enquanto tentava nomear esse sentimento, para passá-lo pelo telefone à bem-amada e talvez assim reconquistá-la, o ciumento amor o assediou de tal forma, reivindicou tal supremacia sobre os outros sentimentos, que, com a mão no celular, ele já não sabia o que estava sentindo além da dor que tinha voltado a açoitá-lo.
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