sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lírica (149) - Dois meses

Quando ele a abraçou, ela não sentiu que aquele era o momento mais feliz da sua vida, porque depois do abraço vieram tantos beijos e, em seguida, uma volúpia e um êxtase que embaralharam todos os instantes e a encheram de tal felicidade que ela não saberia escolher qual havia sido o mais precioso de todos, o que era quase uma premonição: dois meses mais tarde, causava-lhe desgosto, quase asco, reviver cada um dos momentos daquela tarde, principalmente aquele no qual sua entrega havia sido acompanhada por dois belos olhos verdes, que tão pérfidos se revelaram depois.

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