quinta-feira, 1 de julho de 2010
Lírica (145) - Louco
Em seu primeiro dia no manicômio, pôs-se a recitar no jardim um poema de tal maviosidade, e dos seus olhos desciam tão sentidas lágrimas, que os outros insanos se calaram e olharam para ele com um espanto reverente que levou dois enfermeiros a se perguntar como, em tantos anos ali, não haviam chegado nem perto daquela paz conseguida pelo novato que, chorando, continuava a dizer versos de um amor desafortunado.
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