quinta-feira, 1 de julho de 2010
Lírica (144) - Primaveras
Ah, Casimiro de Abreu, se eu soubesse como me faria mal à alma a doçura do amor cantada por ti, não te leria. Mas, se eu soubesse que esse doce veneno seria, apesar de tudo, minha riqueza e minha bem-aventurança, eu te leria com mais fervor, Casimiro de Abreu, e teria entendido por que havia uma lágrima em cada um dos teus versos e uma insinuação de outono em tuas primaveras.
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