domingo, 4 de julho de 2010

Lírica (169) - Àqueles que

Àqueles que por acaso ou extrema gentileza ainda estiverem me acompanhando aqui, creio dever uma explicação e várias desculpas. Iniciando o blog com a proposta de conversarmos sobre literatura, fui arrebatado no meio do caminho por uma onda de exaltação emocional que acabou por me lançar à quase insana produção de textos nos quais procurei exprimir esse momento de minha vida - que, analisado agora, me parece ter consistido, basicamente, numa daquelas inquietações que nos atacam quando, já percebendo estar muito curta nossa trilha, nos incitamos a falar e a falar, ainda que a esmo. Comecei nesse período uma série - "Pequenas alegrias urbanas" - e nela me exauri, infelizmente não a ponto de impedir-me de iniciar outra - "Lírica" -, na qual expus meu coração como ele era, como ele foi e como ele é hoje. Exaurido outra vez agora, tomara que por longo tempo ou definitivamente, espero poder deixar de lado minhas escrevinhações e voltar a falar do que realmente deve importar a vocês e a mim: a grande literatura dos Borges, Atwoods, Dickinsons, Roths, Donosos, Infantes, Woolfs - e não os queixumes líricos de um obscuro Drewnick.

3 comentários:

  1. Liga não, Raul. Drewnick acomoda-se confortavelmente entre os nomes cidatos.

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  2. Tuna, meu caro, quando dita por um amigo e em nosso benefício, talvez até uma heresia seja perdoável. Obrigado por ainda acompanhar meus desvarios. Vamos ver se consigo fixar-me daqui por diante em escritores que mereçam as dez letras da palavra.

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