Bom dia

Bom dia, sim, por que não? Há certamente quem o mereça, há pelo menos aqueles que sempre acreditam merecê-lo, mesmo se estiverem lavando as mãos porque acabaram de esquartejar um carneiro. Eu não me lembro, nos últimos tempos, de ter-me considerado digno deste sol, destes bem-te-vis tagarelas, da algazarra festiva dos alunos do colégio que fica em frente da minha casa, todos esforçando-se para mostrar como, depois de tantos dias sem aulas, estavam ansiosos por elas. Alguém passa assobiando. Um professor do meu tempo (!!!) de escola considerava falta de educação assobiar na rua. Mas alguém passa, assobiando com toda sua má educação e sua alegria.